Pages

8 de julho de 2011

O vagão entre aberto


O silêncio proclama! Ao menos uma vez estou ouvindo. 
Não estão ouvindo?
Sua face flamejante deixa seu silêncio mais 
temeroso do que o de costume.
O silêncio está mais uma vez aqui, ali, além. O silêncio está por falar, ele diz pra eu ser mais cauteloso. Talvez ele esteja correto.
O silêncio que libera efeitos sonoros que amedrontam meus tímpanos está corretíssimo, oras.
Sairei deste lugar, ao menos uma vez, uma vez, ao menos. Sim! Esta é a chance, é o clímax da insônia horripilante que age como um sonho que quer adentrar em outro sonho.
Sim! Sonho, meus amigos! Sonho que entra em outro sonho, que enfrenta outro sonho para chegar ao sonho supremo, a realidade. Realidade que mostra que o sonho não é mais um sonho, mostra que ele não está mais aqui, em minhas mãos cheias de calafrios.
Ilusão de continuar acreditando que quando a maré encher o meu castelo de areia continuará intacto.
Dormirei, sonharei, acordarei, fugirei, morrerei, continuarei em frente, mesmo que para isso eu tenha que ouvir longe ao medo lado, o que o silêncio proclama.

Nenhum comentário:

Postar um comentário