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25 de fevereiro de 2011

Martha Medeiros

Há sempre o momento de pedir ajuda, 
de se abrir, de tentar sair do buraco.
Mas, antes, é imprescindível 
passar por uma certa reclusão.
Fechar-se em si, reconhecer 
a dor e aprender com ela.
Enfrentá-la sem atuações.
Deixar ela escapar pelo nariz, pelos olhos, deixar e...
lá vazar pelo corpo todo, sem pudores.
Assim como protegemos nossa felicidade, 
temos também que proteger nossa infelicidade.
 Não há nada mais desgastante 
do que uma alegria forçada.
Se você está infeliz, recolha-se, não suba ao palco.
Disfarçar a dor é dor ainda maior.

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